Páginas

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015










































negativo em papel de sais de prata

ao contrário do raw (a matriz digital,armazenada num cartão de memória ou num disco externo), o negativo em sais de prata permite-nos uma relação palpável com a matriz, ocupando um espaço físico e visível. 
tem-se discutido muito a questão da preservação dos arquivos digitais e sua duração. 
o negativo analógico tem uma duração muito mais estável, mesmo quando não está arquivado nas melhores condições ( num espaço com humidade controlada, sem luz directa), podendo, assim, sofrer algumas alterações, continua a existir como negativo durante muito tempo. 
ainda não existe uma noção exacta da duração dos "negativos" digitais em dispositivos de memória, mas quem já não perdeu informação de discos externos dum momento para o outro? obviamente temos que fazer vários backups, pelo menos da informação mais importante, mas não sabemos até quando ficará guardada.
se por uma lado a produção de imagens aumentou significativamente na era digital, a qualidade e a duração dos arquivos digitais pode ser mesmo o reverso da medalha. 
uma das soluções apontadas para minimizar a dimensão deste problema passa por imprimir em papel as imagens mais importantes. 
neste projecto tenho desenvolvido uma relação curiosa com determinados negativos, que depois de revelados sinto que valem por si como objecto estético. o negativo como primeiro registo do movimento da luz reflectida duma realidade concreta ou abstracta.





Nenhum comentário:

Postar um comentário